sábado, 1 de agosto de 2009

A VOLTA DA DITADURA.

Senadores repudiam censura feita ao "O Estado"
Sáb, 01 Ago, 01h20
A decisão judicial que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo de publicar reportagens sobre a investigação da Polícia Federal contra Fernando Sarney foi repudiada por senadores. Na avaliação dos parlamentares, o caminho adotado pela família Sarney de censurar o jornal só agrava a situação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mergulhado em denúncias de nepotismo, envolvimento em atos secretos e desvio de verbas da Petrobras. "O homem da transição democrática agora comete um ato da ditadura. Ele perdeu seu último argumento. Isso é terrível. O presidente Sarney tem de renunciar", disse Pedro Simon (PMDB-RS). Ontem, o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, pôs o Estado sob censura. Em liminar, ele impede o jornal de publicar as conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, que mostram, entre outras coisas, Fernando Sarney discutindo com o pai a contratação do namorado da neta do senador por meio de ato secreto no Senado. Para o petista Eduardo Suplicy (SP), a decisão da Justiça fere princípios constitucionais. "A Constituição assegura a liberdade de imprensa, sobretudo àqueles diálogos gravados com autorização judicial. É um direito da população ser informada pela imprensa sobre diálogos que ferem a ética", disse. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) considera "inadequado" o caminho encontrado pelo clã dos Sarney. A situação política do senador, segundo ele, se complica ainda mais com a censura imposta pela Justiça ao Estado. "Isso agrava a situação dele. Não vejo o Senado votando mais. Não vai mais funcionar", afirmou. "Esse caminho pela Justiça é um retrocesso terrível e injustificável. O Estado já viveu essa situação em plena ditadura, mas hoje isso não pode acontecer, a não ser que o Sarney se considere um homem incomum, como diz o presidente Lula", afirmou. Na opinião de Eduardo Suplicy, a Justiça deve rever a censura imposta ao jornal, não só por causa dos preceitos constitucionais, como também pela relação próxima entre o juiz que concedeu a liminar e o presidente José Sarney. "Avalio que isso deve ocorrer porque há essa relação próxima do juiz com a família do senador", disse. O líder do PMDB e aliado de Sarney, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quis comentar a decisão judicial que botou o Estado sob censura. O senador apenas reafirmou que o presidente do Senado não cogita renunciar ao cargo nos próximos dias. "O presidente Sarney está firme. Não interessa ao governo, nem ao partido, a sua saída. Isso só interessa à oposição" disse.//./(Fonte:YAHOO)//./.
CPI-BRASIL.COM(Comentário):
Não, não, muitas vezes não! È inadmissível, inaceitável, escabroso e insuportável está censura à imprensa. Essa decisão judicial fere frontalmente aos direitos contidos na Constituição Federal. Será que o desembargador Dácio Vieira que para desempenhar bem sua função tem a obrigação de conhecer as leis do pais, não as conhece? Ou o 'jeitinho brasileiro' da amizade com Sarney falou mais alto? Ao assinar a liminar, cometeu a maior infelicidade da carreira. Todos segmentos da área de comunicação teem de manifestar o repúdio, tomando tambem as providências cabíveis para que o fato não se repita em nenhuma hipótese. Após esta atitude autoritária, extemporânea e esdrúxula o clã Sarney, tem de ser banido da vida pública do Brasil.//(Roy Lacerda).

3 comentários:

angela disse...

O Sarney é filho da ditadura, deve se lembrar bem como calar seus adversários e sempre tem aqueles que se sujeitam a fazer qualquer cisa para agradar o "chefe"
abraços

Cachorro Louco disse...

Roy : esse Dacio Vieira é cupincha do Sarneynto,naõ se pode esperar outra coisa do sujeito.As leis brasileiras só servem para nós do MSB ( movimento dos sem biografia).
Abraços

Body disse...

Thx 4 u visit care to exchange link???