quarta-feira, 3 de junho de 2009

O JOGO DE FORÇAS DO PODER.

Apelo foi feito numa reunião realizada na noite passada
Peemedebista prometeu uma resposta para esta quarta.

Na pele de presidente informal do Senado, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), provocou o adiamento da instalação da CPI da Petrobras.A comissão deveria ter sido instalada nesta terça (2). Mas Renan vetou o nome de Romero Jucá (PMDB-RR), que o Planalto escolhera para a função de relator.O governo tenta superar o impasse desde a noite de segunda (1º). Marcou-se uma reunião noturna na casa da ex-senadora Roseana Sarney. Compareceram o ministro José Múcio (Coordenação Política) e líderes governistas. Mas Renan, embora convidado, não deu as caras.Transferiu-se a negociação para a manhã de terça, num café. Renan faltou de novo. Agendou-se um terceiro encontro, no Senado.Dessa vez, Renan se dignou a comparecer. Foi uma conversa dura. Terminou em dissenso. Chegou a hora de instalar a CPI (14h). E nada de acordo.Em combinação com Múcio, operador político de Lula, os líderes governistas com representação na CPI orientaram seus liderados a não comparecer.Só apareceu Paulo Duque (PMDB-RJ), unha e cutícula com Renan. Dos senadores com assento na CPI, Duque é o mais velho. Pelo regimento, cabe a ele comandar a sessão inaugural, até a eleição do presidente definitivo. Sob orientação de Renan, com quem conversou pelo celular, Duque encerrou a sessão 15 minutos depois da abertura.Nesse instante, só o oposicionista ACM Jr. (DEM-BA) estava acomodado em seu assento. O segundo a chegar, Álvaro Dias (PSDB-PR), já encontrou o jogo jogado.Em privado, Renan atribuiu a aversão a Jucá a uma interferência de Aloizio Mercadante (SP), líder do PT. Meia-verdade.Mercadante é mero pretexto. Renan torce o nariz para Jucá porque o considera mais alinhado aos interesses do Planalto do que às conveniências do PMDB.Renan receia perder poder na CPI. Preferia acomodar na relatoria alguém que lhe fosse integralmente fiel: ou Paulo Duque ou Leomar Quintanilha (PMDB-TO). Numa última tentativa de levantar o veto de Renan a Jucá, promoveu-se uma quarta reunião. Deu-se na noite passada, no gabinete de Gim Argello (PTB), líder do PTB.Além de Argello, participaram Múcio, Renan, Mercadante, Jucá e Ideli Salvatti (PT-SC), recém-nomeada líder de Lula no Congresso.Múcio discorreu sobre a importância de ter Jucá na cadeira de relator da CPI. Ficou claro que não se tratava de uma preferência apenas de Mercadante.É Lula quem deseja Jucá na relatoria. Renan ouviu, mas não respondeu. Pediu tempo. Disse que consultaria a bancada. Ficou de responder nesta quarta (3). Jogo de cena.Em viagem ao exterior, Lula retorna a Brasília nesta quarta. O que Renan deseja é que o presidente em pessoa apele por Jucá. Neste caso, cederia. E ficaria com crédito.Durante o dia, enquanto toureava os humores de Renan, o governismo levantou um novo pano de fundo para a encrenca da CPI da Petrobras.Romero Jucá protocolou na Mesa diretora do Senado um recurso para tentar desfazer uma
manobra da oposição. Em linguiagem técnica, chama-se “questão de ordem”.Diz respeito à indicação do líder tucano Arthur Virgílio para a função de relator da CPI das ONGs. Um posto era ocupado pelo governista Ignácio Arruda (PCdoB-CE).Em combinação com Múcio, os líderes do governo agora condicionam o início da investigação da Petrobras à devolução da relatoria das ONGs a Arruda.
“A hipótese de um recuo nosso é zero”, diz José Agripino Maia (RN), líder do DEM. “Isso
é mera desculpa para encobrir a motivação real: há um desentendimento na base do governo entre o PT e o PMDB”.
Agripino sabia o que dizia. Reunira-se com Renan à tarde. Depois, recebera de Paulo Duque a informação de que a CPI seria finalmente instalada às 11h de quinta (4).Duque não definiu o horário por conta própria. Reunira-se, também ele, com Renan, o presidente informal do Senado.
A despeito do agendamento de Duque, o Planalto resolveu converter a briga da CPI das ONGs em ponto de honra. O ministro Múcio orientou a tropa a quebrar lanças. Jucá diz que, sem acordo nas ONGs, a instalação da CPI da Petrobras pode “demorar meses”.(Blog do Josisa/uol/folha)//.
CPI-BRASIL.COM(Comenta):
Evidenciado estão as manobras e o jogo de poder, para se tirar gandes vantagens como sempre. Entre Sarney,Temer e Renan êste, demonstra e prova
que dá as'cartas' em todos os sentidos. "Daqui não saio", afirmou. Tiraram-no entre aspas. Voltou e, ao que tudo indica, 'para ficar' , como diz a música do Roberto. A corrupção brasileira está ficando crônica.

Um comentário:

TRIBUNA-BRASIL.COM disse...

Êste covil de bandidos tem que ser exterminado. A capital federal tem que respirar 'ar' puro.(O indignado)