quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O ENTERRO DOS OSSSOS.

Cc: Senador Eduardo Suplicy; Senador Aloizio Mercadante Oliva .
Assunto: A morte do Senado e o nosso grito parado no ar
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Amigos (as): Depois de assistir, no fim da noite de ontem, à transmissão gravada na íntegra do palco circense armado, pasmem, na Comissão de ÉTICA do Senado do Brasil, meu grito nem parou no ar... ficou na garganta entalado. Só mesmo o texto do corajoso, coerente e bravo brasileiro que é Pedro Porfírio pôde destravá-lo e ajuda a soltar meu grito no ar.Tento não deixá-lo parado. Tento fazer a minha parte, e iniciá-la compartilhando o texto-brado do cidadão Pedro Porfírio com amigos (as) que se encontram em vários rincões do nosso Brasil. E envio em cópia para dois Senadores por São Paulo, informando-os que devem a mim o resgate dos meus votos, acompanhados de minha militância à época, que ofereci para levá-los a esse Senado agora morto. Até porque, a imprensa do mesmo Estado já prenuncia, as vozes senatoriais contrárias aos despachos do senador biônico nos processos de representações e denúncias dirigidas à referida Comissão e para engavetá-las todas, não conseguirão vencê-lo, derrubando os seus nefastos despachos, sem o, que parece impossível, apoio da bancada petista, que não pode contrariar o venerável e poderoso partidário chefe do Poder Executivo. Assim, como um usuário dependente daquele Poder, é de se indagar, para que e a quem serve um Senado?
Dependendo da resposta, melhor mesmo morto.
Guilhermina Ferreira de Oliva .
Santos/SP.
Nós, os cidadãos honestos e trabalhadores, ainda somos a grande maioria. Maioria silenciosa, tudo bem. Mas que tem tudo para soltar esse grito de revolta que está parado no ar.
Vamos dar a nossa resposta. Nós podemos e devemos fazer a nossa parte.
coluna@pedroporfirio.com
From: Pedro Porfírio
To: Gui Ferreira Oliva
Sent: Thursday, August 06, 2009 6:56 AM
A morte do Senado e o nosso grito parado no ar.
Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2009
"A verdade se corrompe tanto com a mentira como com o silêncio"
Marcus Túlio Cícero
Filósofo, orador e político romano ( 106 A.C a 43 A.C)
No caricato "Conselho de Ética"O dia que o "senador biônico" livrou a cara de Sarney e levou o Senado à morte Não há mais dúvidas: o Senado morreu. Sem choro, nem vela essa onerosa hidra dos podres poderes deu seu último suspiro quando o simulacro de Conselho de Ética, encabeçado por um político carcomido, que lá chegou sem um voto sequer, desligou os aparelhos pelos quais ainda respirava, ao mandar para a lixeira no mesmo embrulho representações para abertura de processo contra o prior José Ribamar Ferreira de Araújo Costa e o que ainda restava de pudor naquele valhacouto. Só nos resta adotar as providências cabíveis para seu sepultamento em cova tão profunda que jamais possa ressurgir com suas cabeças degeneradas e destituídas de todo e qualquer recato. Haverá resistência ao enterro, mas se nós quisermos nada nos impedirá dessa tarefa saneadora. Sim, nós podemos livrar o país desse magote de sanguessugas insaciáveis. Nós podemos, sim, pelo exercício da cirurgia, da quimioterapia e da radioterapia. E da pá de cal. Valhacouto oneroso, redudante e nocivo O Senado Federal é uma redundância legislativa. Não é necessário. Ou melhor: é mais do que desnecessário, é nocivo pelos próprios vírus inerentes: mandatos de 8 anos, suplentes sem votos, cenáculo de intocáveis, práticas tão imorais que são blindadas pela ilegalidade dos atos secretos. O Senado Federal da República Federativa do Brasil não é uma casa republicana. É um amontoado de feudos onde a quase totalidade dos seus senhores pode se dar ao luxo de pintar e bordar de costas para a opinião pública, para a moral e os bons costumes. O Senado Federal é produto de cartas marcadas. Não é qualquer um que pode disputar uma de suas 81 cadeiras. Os partidos usam de um processo de exclusão tão explícito que só os velhos caciques e os ungidos por eles ganham legendas. Por esse gargalo, resta ao cidadão o mínimo de opção. Quase sempre é obrigado a escolher entre o diabo e o "coisa ruim". E ainda é ludibriado quando pode votar em dois ao mesmo tempo, isso para evitar a disputa limpa, facilitando os conchavos inspirados nas mais abjetas conveniências. O Senado Federal é a única casa aonde se chega sem votos. Padece da síndrome do biônico dos tempos obscuros. Você escolhe um e habilita três. Dois você nem sabe quem são. Em geral, é elemento sem condições de submeter-se sequer a uma eleição de síndico do seu prédio. Veja o caso desse Paulo Duque, o provecto coveiro da casa onde chegou por descuido. Nos tempos sujos do chaguismo, ainda teve mandatos de deputado estadual. Com o desmoronamento desse reinado corrupto, sumiu da prateleira. Mas ficou à sombra, colando num e noutro. Até que ganhou a condição de segundo suplente do senador Sérgio Cabral. Este, eleito governador, levou para a Casa Civil o seu fiel escudeiro, Regis Fichter, primeiro suplente igualmente sem voto, abrindo a segunda janela para o fracassado político fruir do paraíso no limiar dos oitenta anos. Ninguém melhor do que ele para ser o emblema do Senado Federal da República Federativa do Brasil. Conduzido ao comando do Conselho de Ética com a missão específica de proteger os correligionários pegos com a mão na massa, declarou seu desprezo pela opinião pública, a que não se submeteu para ganhar o cargo "eletivo" e a cujo julgamento não se imagina exposto. Mandatos para proveito pessoal. Há alguns senadores bem intencionados. Poucos, mas há. No entanto, nenhum deles, em tempo algum, levantou a voz contra a fraude do suplente sem voto. Ao contrário, todos eles, sem exceção, carregam o contrapeso dos bastardos, escolhidos sabe o diabo por quais "negociações". O Senado seria a casa moderadora, a representação dos Estados. Eufemismos baratos, mentiras assimiladas com carinho e afeto também pela mídia, que age pontualmente. Porque, ao contrário do que acontece em países como Alemanha, Áustria e Índia, para citar alguns, os senadores legislam, fazem tudo o que se atribui à Câmara dos Deputados e ainda têm outras prerrogativas, hipertrofiando seu poder de barganha, empanzinado pelo mandado estendido. Com essa duplicidade de casas legislativas, que só se dá a nível federal (ao contrário do que acontece nos Estados Unidos) o Parlamento reverbera a mais patética ambiguidade. Faz de tudo, menos legislar. Ou então produz leis cosméticas, destinadas ao anedotário institucional. O usual é a instrumentalização do mandato para proveito pessoal e sustentação de interesses espúrios, no assalto crônico aos silos do patrimônio publico. Pelo poder que acumulam, os parlamentares acabam titulares das estações de rádio e TV dos seus Estados, das prebendas de onde jorram cintilantes pepitas, do viciado tráfico de influências, muito mais poderoso do que o de drogas. A salvação do prior e o crepúsculo do Senado. O que aconteceu no Senado Federal, com as bênçãos do chefe do Executivo, mostrou que Sarney tem razão quando ele diz que não é o único a nos passar para trás. Como seu parceiro Renan Calheiros e seu endiabrado novo aliado Fernando Collor, cujo olhar fala por si, ele está ganhando a comenda do homem acima de qualquer suspeita. Seus pares vão assinar o "nada consta" com a sem cerimônia e o cinismo dos que se servem do regime representativo para levar o povo a sentir atração pelas ditaduras, onde haja pelo menos a sensação do combate à corrupção, à molecagem e à impunidade. Sarney vai sair incólume, apesar das mentiras e das trapaças em que se viciou de tal forma que é capaz de rir de nossa cara com uma certa dose de sadismo. Permanecerá o soberano intocável da festa caipira, animando a quadrilha com seu malabarismo sincronizado com o compadrio dos podres poderes. Mas se poderá preservar sua fortuna e manter a atenção especial aos familiares e similares, estará, ao mesmo tempo, nos oferecendo fermento para que, enfim, levantemos nossos traseiros das poltronas, desliguemos os verdugos eletrônicos e passemos da palavra à ação.
Nós, os cidadãos honestos e trabalhadores, ainda somos a grande maioria. Maioria silenciosa, tudo bem. Mas que tem tudo para soltar esse grito de revolta que está parado no ar.
Vamos dar a nossa resposta. Nós podemos e devemos fazer a nossa parte.
coluna@pedroporfirio.com
Esta coluna é publicada também na edição impressa do jornal .//.
CPI-BRASIL.COM(Comentário):
Contra verdades, não há argumentos plausíveis.

4 comentários:

Cachorro Louco disse...

Roy : só tenho uma coisa a falar sobre este assunto .É vergonhoso o que o senado brasileiro está fazendo.É vergonhoso ,escandaloso,escabroso e perigoso.Abraços

angela disse...

Esta dificil engolir essa sujeira toda.

Anônimo disse...

É nessa hora que quero acreditar que existe um inferno, e bem pior do que o de Dante. Pra essa cambada de safados acertarem as contas, se não aqui, que seja la, no caldeirão do diabo.
Por que será que quem la de cima pode fazer alguma coisa não faz?? Por que? Por queeeee??? Precisa nem responder, essa até um acéfalo sabe.

TRIBUNA-BRASIL.COM disse...

Na Casa dos Horrores só pode ocorrer, prostiuição, bacanais, or gias e todo tipo de sacanagem. (O INDIGNADO)