sábado, 28 de novembro de 2009

DESRESPEITO TOTAL!

Defesa do consumidor quer processar Aneel por erro em conta Defesa do consumidor quer processar Aneel por erro em conta :
Os órgãos de defesa do consumidor articulam a proposição de ação penal contra a direção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Entendem que já há provas de que a agência se omitiu no caso da cobrança indevida na conta de luz. A Aneel não se pronunciou sobre o assunto.
O Ministério Público Federal, único com prerrogativa de propor ação de improbidade administrativa, tenta evitar a medida. A instituição quer que a agência recue, determine unilateralmente a mudança do contrato de concessão e proponha medida para compensação tarifária do que foi pago a mais. A Aneel alega que não pode fazer isso. A agência também não entregou informações à CPI das Tarifas. "Acho que a decisão da Aneel de não responder a um requerimento da CPI é muito grave, mas estamos tentando ainda negociar uma solução administrativa e evitar a via judicial", disse Marcelo Ribeiro, coordenador do Grupo de Trabalho de Energia e Combustível do Ministério Público Federal. O grupo tenta unificar a ação da Procuradoria no país. Hoje, quatro unidades acompanham o assunto: São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O Ministério Público Federal quer uma solução até o fim de dezembro. A Aneel e as distribuidoras admitiram o problema no contrato que transfere dos consumidores todos os anos cerca de R$ 1 bilhão, segundo estimativa do TCU (Tribunal de Contas da União). A falha consta na fórmula usada para o cálculo do IRT (Índice de Reajuste Tarifário), aplicado todos os anos nos contratos das 63 distribuidoras responsáveis por abastecer 98% dos consumidores. Depois de revelado o erro pela Folha, uma mobilização nacional dos órgãos de defesa tenta uma solução administrativa para a questão. Os órgãos de defesa do consumidor consideram remota uma solução para o caso sem a via judicial. "Conversei com instituições de defesa do consumidor da Bélgica, da Itália, de Portugal e todos são unânimes em dizer que uma falha como a que houve no Brasil não pode deixar de ser corrigida e ressarcida. Agora, essa posição da Aneel de admitir o problema e alegar que não pode resolvê-lo não existe no mundo, é algo histórico", diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste. Segundo ela, a omissão da Aneel já está "evidente" e, diante dessa postura, cabe a ação de improbidade administrativa contra seus diretores. Maria Inês diz que irá pressionar a Aneel para que conclua e ofereça às distribuidoras o aditivo ao contrato de concessão para o ajuste. O prazo para contribuições venceu ontem. Depois de muita pressão, a consulta sobre o aditivo foi aberta pela direção da Aneel. Mas isso não é garantia ainda de que o problema seja solucionado. Como no caso da devolução de recursos cobrados no passado, a agência afirma que a mudança no contrato de concessão só ocorrerá se as distribuidoras aceitarem. Ontem, as 22 organizações civis ligadas ao Fórum Nacional de Entidades de Defesa do Consumidor entregaram a manifestação na consulta pública. O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), um dos signatários do documento, disse que também já reúne dados para sugerir uma ação de improbidade contra a direção da Aneel e autoridades do governo. Segundo Marcos Pó, assessor técnico do Idec, a Aneel tem o dever legal de corrigir a falha. "Há um princípio de modicidade tarifária previsto na lei. A modicidade tarifária prevê uma tarifa justa que assegure o retorno do capital da distribuidora. Mas há uma falha admitida pela agência, então não há o que discutir. Um contrato não se sobrepõe a uma lei", diz Pó. O Procon-SP espera a mudança do contrato ainda no mês de dezembro. A Fundação também vai exigir o ressarcimento aos consumidores.(Agnaldo Brito).
CPI-BRASIL.COM(Comentário):
Uma 'briga' de cacchorro grande, briga entre aspas mesmo. Mais uma fenomenal pizza à brasileira. Defesa do Cosumidor versus MPF, travarão debates nos tapetões da vida, muito mais para dar satisfações a nação. Esta questão envolve uma grana para ninguem botar defeito. A maioria esmagadora dos políticos contam com as 'doações' de empresas e empresários para financiarem suas campanhas. Portanto, arma-se o Gran Circus Braasilis para inglês ver.

Um comentário:

Belkis disse...

Vaya circo. Que pena tan grande me da con todo esto. Siento Roy que no lo entiendo todo, pero al menos intento captar la idea. Un abrazo muy grande