sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A ETERNIDADE PARA PUNIÇÕES!

Tempo demais :
Se há injustiça nas acusações precipitadas que alvejam políticos, também há injustiça na impunidade sistemática:
POR DOIS VOTOS de diferença (5 a 3), o senador tucano Eduardo Azeredo não se livrou, no Supremo Tribunal Federal, da denúncia do Ministério Público por seu suposto envolvimento no valerioduto mineiro. As irregularidades remontam a 1998. O esquema, anos mais tarde aperfeiçoado e expandido no mensalão petista, teria permitido a movimentação de verbas do caixa dois na campanha de Azeredo, então candidato à reeleição ao governo de Minas Gerais. Importa notar que as acusações não se resumem ao uso, hoje em dia alegremente confessado por políticos de tantos partidos, de "recursos não contabilizados" em campanhas eleitorais.
Segundo a denúncia, recebida pelo STF, parte desses recursos proviria de empresas públicas. Outra parte teria sido captada junto a bancos privados pelo publicitário Marcos Valério, que depois de repassá-los à campanha peessedebista viria a beneficiar-se de contratos com empresas do próprio governo mineiro. De uma ponta a outra do circuito, portanto, a conta por esses gastos eleitorais termina recaindo sobre os cofres públicos. O senador Eduardo Azeredo terá agora nova oportunidade para se defender das acusações. Contesta, em especial, a de que entregou a Marcos Valério um recibo de R$ 4,5 milhões, assinado de próprio punho. O documento consta dos autos; cabe verificar sua autenticidade. Em torno desse pormenor concentraram-se muitas das discussões no plenário do Supremo. Como em outras decisões da corte, estava em jogo o grau de liberalidade com que se deve encarar a existência, ou não, de indícios suficientes para a abertura de um processo criminal. A despeito de um conjunto detalhado e eloquente de circunstâncias, o STF arquivou, por exemplo, a denúncia contra o ex-ministro Antônio Palocci, no caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O resultado foi diverso na decisão sobre Azeredo, mas nem por isso representa maiores garantias de presteza na decisão final, nem de que, ao menos neste caso, venha a dissipar-se a permanente sensação de impunidade que está associada a todo caso envolvendo políticos no Brasil. Onze anos se passaram desde a articulação do valerioduto mineiro. Só agora o processo criminal é aberto contra o senador tucano. Já o escândalo do mensalão petista foi revelado pela Folha em 2005; o relator do processo no STF, ministro Joaquim Barbosa, não prevê para antes de 2011 um veredicto sobre o caso. Critica-se, com razão, o ímpeto da opinião pública de "prejulgar" os envolvidos em irregularidades antes da manifestação dos tribunais. Sem dúvida, a exposição de um escândalo pode levar a injustiças. Ocorre que não é menor a injustiça que existe na impunidade. E a impunidade, escancarada e sistemática, prevalece na vida política brasileira./(Fonte:Editoria UOL).
CPI-BRASIL.COM(Comentário):Em casos de julgamentos na justiça para cidadãos comuns, a morosidade da mesma se faz em primeiro lugar, por deficiência de pessoal. Em setraaando de poderosos e políticos, muda totalmente e figura. Engavetamento deprocessos sagacidade de advogados ao usarem sabiamente os equívocos e válvulas de escapes das leis, etc. São portanto dois pesos e duas medidas.

2 comentários:

TRIBUNA-BRASIL.COM disse...

Enquanto houver IMPUNIDADE e o dinheiro 'falar mais alto", a justiça coninuará andar a passos de tartaruga. Andar à cavalo foi em tempos idos. ( O INDIGNADO)

angela disse...

Dois pesos e duas medidas e uma unica vitima...nós.
abraços