segunda-feira, 29 de março de 2010

TEM MUITA ÁGUA PARA 'ROLAR'

Indefinição:
Começo aqui por onde o diretor geral do Datafolha, o sempre sereno Mauro Paulino, terminou o seu comentário na Folha: "Esta não é uma eleição que permita prognósticos". Ou seja: não adianta cantar vitória antes da hora. Há muito chão e muita campanha pela frente, com o eleitor recebendo cada vez mais informação, positiva e negativa, sobre os candidatos. Tudo pode acontecer. A última pesquisa Datafolha deu um susto no governo e foi um alívio para a oposição, por desmentir a expectativa de uma virada pró-Dilma Rousseff. Ao contrário, mostra uma interrupção tanto no crescimento constante de Dilma, que recuou um ponto, para 27%, quanto na queda de José Serra, que recuperou quatro pontos, indo para 36%. Ciro Gomes desliza suavemente para fora do páreo, enquanto Marina Silva está emperrada em apenas 8%, comprovando, mais uma vez, que a partida final deverá ser travada entre a petista Dilma e o tucano Serra. Dilma tem melhores condições, com a popularidade de Lula em alta, de recorde em recorde, e uma campanha muito mais estruturada. Os petistas, como se sabe, não brincam em serviço. Estão todos unidos, engoliram as alianças de Lula garganta abaixo, têm equipes bem definidas e até bases físicas já montadas. Mas precisam caprichar mais na empatia da sua candidata com o eleitorado e na simbiose entre os índices dela e a popularidade de Lula. Já na oposição ocorre o contrário: o forte é o candidato, já que Serra, faça chuva, faça sol (aliás, literalmente), continua solidamente na dianteira, sempre acima dos 30%. O lado fraco é a falta de unidade, a indefinição de Aécio Neves na vice, a demora na montagem da estrutura, a ausência de um discurso, de uma bandeira. Além de menos alianças partidárias, o que significa menos tempo num instrumento decisivo -- a TV. O dia 31 de março vem aí e, com ele, uma mudança significativa no ritmo de campanha. Tanto Serra sai do Palácio dos Bandeirantes quanto Dilma deixa a Casa Civil, e os dois entram de cabeça na campanha pelo país afora. Pelo desejo de Serra, sem Lula pela frente e com ele cara a cara com Dilma. Falta combinar, literalmente, com o adversário, porque Lula joga todas as fichas em Dilma e, além disso, se há uma coisa que ele adora, é um palanque. Como toda eleição indefinida, esta é uma eleição tensa, que fatalmente trará muitas emoções. O risco é a emoção desandar para a agressão e para o jogo baixo, o que não será apenas ruim para Serra, Dilma, Ciro e Marina, mas para a própria força dos políticos e da crença na política. (Fonte:Folha/Eliane Cantanhêde).
CPI-BRASIL.COM(Comentário):
A colunista Eliane, não deixa de ter razão em sua exposição. O governo federal, vai com toda cereza sar a máquina administrativa e 'derramar' dinheiro sem dó. O LULA, vai para decidir e, tudo fará para conseguir seu intento. È aqula velha história: "os fins, jutificam os meios"!. Ou seja: se necessário, e o será, faráo 'jogo baixo', sim.

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