quarta-feira, 26 de agosto de 2009

POR ONDE ANDAM?

Olá !
Antes os artistas agitavam a sociedade.
Agora se escondem, mas se locupletam com as benesses do governo petista.
Então, agitar não faz mais sentido, né não ? Prá elles, é claro. O resto é o resto
.
(BY ALZIRA MIRANDA /Augusto Nunes) .
O silêncio que endossa é tão vergonhoso quanto o grito de apoio.
O apresentador do sarau na sala da residência carioca de Gilberto Gil, então compondo e cantando no cargo de ministro da Cultura, foi o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto. “A política é um terreno pantanoso, a ética é de conveniência”, começou. “Se o fim é nobre, os fins justificam os meios”. Ligeira pausa e a ressalva que ilumina o porão: “O que eu acho inaceitável é roubar. Mentir é do jogo político. Não é roubo”. O convidado de honra sentiu-se em casa. Naquele agosto de 2006, em campanha pela reeleição, Lula era ainda assombrado por reaparições do fantasma do mensalão, que havia mais de um ano vagava pela Praça dos Três Poderes. A fala de Barretão avisou que estava entre amigos. Estava entre comparsas, corrigiu o ator Paulo Betti, encarregado de saudar o presidente em nome dos artistas que se acham intelectuais e dos intelectuais que se acham artistas. “Não vamos ser hipócritas: política se faz com mãos sujas”, abriu o jogo Paulo Betti. Foi a senha para a estreia do músico Wagner Tiso, sempre o segundo em qualquer parceria, como coadjuvante especializado em comédias de maus costumes. “Não estou preocupado com a ética do PT”, solfejou. “Acho que o PT fez um jogo que tem que fazer para governar o país”. Tradução da partitura: para o compositor que se esvaía em lágrimas com clubes da esquina ou corações de estudantes, a bandalheira institucionalizada é uma forma de arte política. Capturados por jornalistas, o argumento, o roteiro e as falas de cada participante do espetáculo do cinismo chegaram aos brasileiros decentes. A reação aconselhou o elenco a agir com cautela. Se possível, sem palavras. A mudança de tática, ocorrida há três anos, explica o sumiço dos artistas e intelectuais neste inverno da infâmia. Os que absolveram ostensivamente os mensaleiros agora absolvem por omissão a bandidagem federal. Onde anda aquela gente que, antes da Era Lula, vivia de caneta na mão para não perder nenhum abaixo-assinado? O Congresso está sob o comando de uma quadrilha monitorada pelo Executivo. Nada têm a dizer atores e músicos que protestavam contra os maus modos do guarda de trânsito. Um juiz subordinado a José Sarney ressuscita a censura à imprensa. Permanecem calados escritores e catedráticos que se manifestavam até contra a impontualidade do entregador de pizza. Há sete meses são ouvidos os estrondos dos escândalos.
Há sete meses nenhum deles dá um pio.
No fim de julho, no meio da guerra suja promovida para manter Sarney longe do cadafalso, a turma perdeu uma boa chance de começar o resgate da honra em frangalhos. Para assinar o projeto que institui o vale-cultura, Lula marcou um encontro com a sucursal paulista dos operários da arte. Coerentemente, a delegação carioca presente à reunião no teatro foi liderada por Luiz Carlos Barreto. O apresentador do sarau na casa de Gil é o produtor do longa-metragem Lula, o filho do Brasil. Mas o chefe não ouviu nenhuma cobrança. Até cobrou mais ação da platéia no meio de outro show. Com Dilma Rousseff ao lado, Lula definiu-se generosamente como “pouco letrado”. Aplausos. Embora não tenha visto sequer uma vírgula desenhada pelo crítico literário Antônio Candido, risonho na platéia, definiu-o como “o melhor intelectual brasileiro”. Aplausos intensos. E avisou que o projeto só será aprovado sem demora se os parlamentares forem devidamente pressionados. Ovação. “A aprovação depende de vocês irem lá, porque, se a televisão for contra, não aprova”, ensinou o professor de Congresso. “Portanto, depende de fazer um jogo de forças entre os que acham que é preciso inovar e os que acham que já está bom”. Que tal perguntar a Lula se aquele abraço em Palmeiras dos Índios era mesmo necessário? Por que não aproveitar a viagem a Brasília para um ato de protesto contra a decomposição moral do Senado, o assassinato da ética e a revogação do Código Penal
? Essas coisas podem esperar, respondeu a mudez coletiva. Não há diferenças relevantes o sarau no Rio e o encontro em São Paulo. Os que seguem contemplando calados o avanço dos fora-da-lei são tão velhacos quanto os que absolveram ostensivamente o bando do mensalão. A cumplicidade ativa não é mais grave que a omissão que endossa. O apoio explícito e o silêncio que consente são igualmente vergonhosos.//.(JCMelo/Articulista)//
CPI-BRASIL.COM(Comentário)//.
Onde estão os caras-pintadas, os artistas de renome, os intelectuais táo atuantes em 92 e que, alem de infuenciarem, tambem precionaram as autoridades da época a promoverem o 'impeachtman'. Perderam o amor pelo Brasil? Onde está o civismo? O grande sentimento de 'brasilidade' esvaiu-se igual a fumaça? Ou não passou de fogo de palha?

3 comentários:

sicário disse...

Excelente. Essa é uma curiosidade que sempre tive.....
A Atriz( viu sr. paulo betti, atriz mesmo!) Regina Duarte tinha razão em ter medo do LUla e foi crucificada pelos "democratas" da esquerda,por emitir sua opinião. Na folha de SP, dia 16/08 p.p., há a coluna de Danuza Leão onde ela demonstra seu medo de Dilma...e o faz com razão. Esse G. Gil, único vereador de salvador pelo PV, pediu verba de chefe de bancada, sendo o único representante do partido!!!!!! Virou ministro e mais fez shows do que trabalhou. Conseguiu 2 rendas alpénm do que nos brindu com uma criatura asqueroza e obesa que é sua filha aparecendo em todos os jornais e revistas se achando a 8ª maravilha do mundo.
Só para encerrar:
COMPRE FILMES PIRATAS.....não colabore com a canalhice dos ratos do esgoto de fidel.

Cachorro Louco disse...

Roy : Os "intelectuais brasileiros " ,que na realidade sempre foram um bando de merdas ,sempre estiveram flertando com o comunismo ,e agora que o governo é bolchevique ,êles não tem nada a falar ou fazer.Abraços

Anônimo disse...

Amigo, peço permissão para fugir do tema e propagandear minha mais nova enquete:

Ted Kennedy morreu e seguiu o destino de todos nós, que viemos nús ao mundo e deste nada levaremos... Ted era o leão do senado norte-americano e concluo que seus 46 anos de vida pública deixaram marcas na política de esquerda daquele país... mas agora que as cortinas do palco se fecharam, Ted é mais um dos muitos milhares que abandonam diariamente o planeta por término de missão... nada melhor, porém, do que elegermos quem será lembrado como o leão do senado brasileiro... no meu entender, há bichos de todo tamanho e plumagem em nossa câmara alta, em função de que lancei uma enquete que visa a rastrear a genética animal de nossos congressistas... os parlamentares mais em evidência serão expostos à análise de nossos amigos visitantes e ao final, definiremos que será nosso Ted... não confundir com TED (Terror das Empregadas Domésticas), nem com TEJ (Terror das Empregadas em Jornalismo)... passem lá no Blog do Clausewitz e elejam o animal que há cada senador... http://novoblogdoclausewitz.blogspot.com